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quinta-feira, 18 de março de 2010

Silver Maiden/Bane (30)




São, pois, dois poemas antigos. E intemporais!

Uma mulher de prata
Vagueia no neurónio mais interior
Do cérebro de um trovador
Numa escolha imediata.

E o trovador bloqueia
Todas as ondas luminosas
Para se focar na ideia
Das suas mãos venenosas.

Mas o trovador, alimentado de impulsos nervosos,
Guerreia o seu clã, num poema trágico.
Percorrendo os seus Vasos Esperançosos,
Um ténue colóide hemorrágico.

Mas o trovador trovará no futuro
Ao ouvido da dama prateada
Num tom áspero, seco e duro
A vida da sua amada.

Hatecraft.

Caiste como uma sombra na minha alma, tu, ao dobro da aceleração que a gravidade te confere.

Blocos de veneno
Desprendem-se da Lua,
Sendo o mais pequeno
Uma lágrima tua.

Depositando-se na minha alma,
Corrói-me os traços demarcados
A caneta, com calma,
E liberta-me dos pecados.

Escrito em runas negras,
No meu intelecto incolor,
O teu nome, as tuas regras,
As tuas palavras e o teu sabor.

Tu desces, alada, contrais e sorris
E eu limpo as últimas lágrimas
Que escorrem tristemente, vis.
Tu dizes-me duas rimas:

"Reclama-me como tua,
Vivamos, morramos, vem!
Abraça a minha pele nua,
Serei tua refém."

Tomo-te, então, entre os dedos
Agarro-te, e levo-te comigo.
Renasço, agora sem medos,
Em ti encontrei um abrigo.

Hatecraft.

Eis o meu lado romântico, eis eu, e a minha Cris.

Frase do dia: «It is the greatest mistake to think that man is always one and the same. A man is never the same for long. He is continually changing. He seldom remains the same even for half an hour.» (G. I. Gurdjieff; In Search of the Miraculous)

Música do dia: http://www.youtube.com/watch?v=I438RH1oUJc

Pergunta do dia: E vocês, já completaram a vossa vida? Por que esperam?

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