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sexta-feira, 5 de março de 2010

Eu não eu - Whatever. (22)




É indiferente

Quando a mão, posta no meu ombro
Queima a carne, queima viva;
Quando a angústia se ergue dos escombros,
Sorrindo, altiva.

É indiferente
Quando nasce um, ou morre gente -
Pobres, humanos, carnais -
Não mais, nem menos que animais,

É indiferente
Quando os rebanhos se passeiam
(que é gente, mas em cadeia)
Porque eu sou tolo e sou doente.

É indiferente
Quando se escondem as verdades,
Porque os pensamentos são tempestades
E esses são metade alma e metade corpo,
Os pensamentos.

Eu sou indiferente.

Hatecraft.

Música: http://www.youtube.com/watch?v=R-4BthN-TjA

1 comentário:

  1. Adorei! Que belo poema... parabéns.

    Jessica
    (cidadaniaesociedade, de ap).

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